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Cultura Cigana


Cultura Cigana
"DITADO CIGANO: "A terra 'e minha P'atria, o c'eu 'e o meu teto e a liberdade 'e a minha religi~ao"."

Os Ciganos s~ao chamados de "povos das estrelas" e apareceram h'a mais de 3.000 anos, ao Norte da 'India, na regi~ao de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send. No primeiro mil^enio d.C., deixaram o pa'is e se dividiram em dois ramos: o Pechen que atingiu a Europa atrav'es da Gr'ecia; e o Beni que chegou at'e a S'iria, o Egito e a Palestina. Existem v'arios cl~as ciganos: o Kalom (da Pen'insula Ib'erica); o Hoharano (da Turquia); o Matchuaiya (da Iugosl'avia); o Moldovan (da R'ussia) e o Kalderash (da Rom^enia).

Mas essa 'e mais uma das hipot'eses sobre a origem do Povo Cigano. Segundo a nossa Tradic~ao os ciganos vieram do interior da Terra e esperam que um dia possam regressar ao seu lugar de origem. Nada mais podemos revelar sobre isto, pois trata-se de um dos nossos "segredos" mais bem preservados. Fiquem portanto com a imaginac~ao!

O grande lema do Povo Cigano 'e: "O C'eu 'e meu teto; a Terra 'e minha p'atria e a Liberdade 'e minha religi~ao", traduzindo um esp'irito essencialmente n^omade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais est~ao subjugadas. Em sua maioria, os ciganos s~ao artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e ex'imios ferreiros, fabricando seus pr'oprios utens'ilios dom'esticos, suas j'oias e suas selas. Levam uma vida muito simples: consertando panelas, vendendo cavalos, fazendo artesanato (principalmente em cobre - o metal nobre desse povo), lendo as cartas do Tarot e a "buena dicha" (a boa sorte). Na verdade cigano que se preza, l^e os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o n'ivel de vibrac~ao energ'etica) e s'o ent~ao 'e que interpretam as linhas das m~aos. A pr'atica da Quiromancia para o Povo Cigano n~ao 'e um mero sistema de adivinhac~ao, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientac~ao sobre o corpo, a mente e o esp'irito; sobre a sa'ude e o destino. O mais importante para o Povo Cigano 'e interagir com a M~ae Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua forca geradora e provedora.

Mitologicamente o Povo Cigano est'a ligado `a Kal'i - a deusa negra da mitologia hindu, associada a figura de Santa Sara, cujo mist'erio envolve o das "virgens negras", que na iconografia crist~a representa a figura de Sara, a serva (de origem n'ubia) que teria acompanhado as tr^es Marias: Jacobina, Salom'e e Madalena, e, junto com Jos'e de Arimat'eia fugido da Palestina numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o c'alice sagrado), que seria levado por elas para um mosteiro da antiga Bretanha. Diz o mito que a barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, `as margens do Mediterr^aneo, que por sua vez ficou conhecido como "Saintes Maries de La Mer", transformando-se desde ent~ao num local de grande concentrac~ao do Povo Cigano. Santa Sara 'e comemorada e reverenciada todos os anos, nos dias 24 e 25 de maio, atrav'es de uma longa noite de vig'ilia e orac~ao, pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, flores e vestes coloridas; muita m'usica e muita danca, cujo simbolismo religioso representa o processo de purificac~ao e renovac~ao da natureza e o eterno "retorno dos tempos".

O L'iDER DE CADA GRUPO CIGANO, CHAMA-SE BAR^o e 'e quem preside a Kris Romaris (Conselho de Sentenca ou grande tribunal com suas pr'oprias leis e c'odigos de justica, onde s~ao resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as d'uvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos). O mestre de cura (ou xam~a) 'e um Kaku (homem ou mulher) que possui dons de grande para-normalidade. Eles usam ervas, ch'as e toques curativos. Os Ciganos geralmente se re'unem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Anivers'arios; e acreditam na Reencarnac~ao. Est~ao sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas pracas.

Esse povo canta e danca tanto na alegria como na tristeza pois para o Cigano a vida 'e uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitri~a. Onde quer que estejam, os Ciganos s~ao logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus h'abitos ruidosos. S~ao um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. S~ao t~ao peculiares dentro do seu pr'oprio c'odigo de 'etica; honra e justica; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. Mas, a comunidade cigana ama e respeita a natureza, os idosos e todos os membros do grupo educam as criancas de todos, dentro dos princ'ipios e normas pr'oprios de uma tradic~ao puramente oral, cujos ensinamentos s~ao passados de pai pr'a filho ou de mestre para disc'ipulo, atrav'es das est'orias contadas e das m'usicas tocadas em torno das fogueiras acesas e das barracas coloridas sempre montadas ao ar livre (mesmo no fundo do quintal das ricas mans~oes dos ciganos mais abastados), como em Taquaral, perto de Campinas - S~ao Paulo.

CIGANOS N~AO ROUBAM CRIANCINHAS

As criancas normalmente s'o freq"uentam at'e o 1o. Grau nas escolas dos gadj'es (n~ao-ciganos), para aprenderem apenas a escrever o nome e fazer as quatro operac~oes aritm'eticas. Claro que com o acelerado processo de aculturac~ao, um bom n'umero de ciganos (bem disfarcados) v~ao `as universidades e ocupam cargos de import^ancia na vida de um pa'is. Alguns s~ao m'edicos, engenheiros, advogados; alguns tornam-se ministros e outros at'e presidentes. Por'em os de maior express~ao na sociedade s~ao artistas pl'asticos, comerciantes, joalheiros e m'usicos famosos. Tivemos dois Presidentes brasileiro de origem cigana: Washington Luiz e Jucelino Kubitshek

Para o Povo Cigano, a Lua Cheia 'e o maior elo de ligac~ao com o "sagrado" quando s~ao realizados mensalmente os grandes festivais de consagrac~ao, imantac~ao e reverenciac~ao. A celebrac~oes da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com dancas e orac~oes.Tamb'em para os ciganos tudo na vida 'e maktub (est'a escrito nas estrelas), por isso s~ao atentos observadores do C'eu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sid'ereos. Os ciganos praticam a astrologia da M~ae Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, atrav'es dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente m'agicos.

NA CULIN'aRIA CIGANA S~aO INDISPENS'aVEIS: o cravo, a canela, o louro, o manjeric~ao, o gengibre, os frutos do mar, as frutas c'itricas e as frutas secas, o vinho, o mel, as mac~as, as p^eras, os damascos, as ameixas e as uvas que fazem parte inclusive dos segredos de uma cozinha deveras afrodis'iaca. O punhal, o violino, o pandeiro, o leque, o xale, as medalhas e as fitas coloridas; o coral, o ^ambar, o ^onix, o abalone, a concha marinha (vieira), o hipocampo (cavalo-marinho), a coruja (mocho), o cavalo, o cachorro e o lobo s~ao s'imbolos sagrados para o Povo Cigano. A verbena, a salvia, o 'opio, o s^andalo e algumas resinas extra'idas das cascas das 'arvores sagradas, s~ao ingredientes indispens'aveis na manufatura caseira de incensos, velas e sais de banho, mesclados com ess^encias de aromas inebriantes e simplesmente usados nas abluc~oes do dia-a-dia, nos contatos sociais e comerciais, nos encontros amorosos e principalmente nos ritos inici'aticos, de uma forma sens'ivel e absolutamente m'agica, conferindo grandes poderes.

O grande s'imbolo geom'etrico do Povo Cigano 'e o C'irculo Raiado (representando a roda da carroca que gira pelas estradas da vida) provando a n~ao linearidade do tempo e do espaco; e o Pentagrama (estrela de 5 pontas) simbolizando o Homem Integral (de bracos e pernas abetos) interagindo em perfeita harmonia com a plenitude da exist^encia. O maior axioma do Povo Cigano diz simplesmente: "A sabedoria 'e como uma flor, de onde a abelha faz o mel e a aranha faz o veneno, cada uma de acordo com a sua pr'opria natureza".

Para n~ao enveredarmos num velho, carcomido e obsoleto discurso sociol'ogico-pol'itico, e para n~ao desgastarmos mais ainda a nossa salubridade cerebral, afirmamos que tudo o que acontece no Planeta, em termos de crise e transformac~ao, afeta de perto o Povo Cigano (t~ao engajado com a natureza) e faz parte do cotidiano dessa minoria social que apesar do seu pouco grau de autonomia, tenta `a duras penas preservar sua valiosa identidade e salvaguardar as peculiaridades de seus pr'oprios conceitos de cidadania, em que pese os avancos tecnol'ogicos, cient'ificos e culturais; as mudancas de paradigmas e o glamouroso processo de globalizac~ao.

O Povo Cigano 'e tamb'em uma raca sofrida, discriminada, exclu'ida do contexto s'ocio-pol'itico-econ^omico (mas nem por isso alienada). Essa raca perseguida por muitas "inquisic~oes", levada aos campos de concentrac~ao e aos fornos cremat'orios da Alemanha Nazista (tanto quanto o povo judeu) continua existindo apesar de todas as expoliac~oes e distorc~oes. Desprovida de meios adequados de sobreviv^encia, descaracterizada pela modernidade de um falso intelectualismo prolet'ario/urbano essa raca tamb'em est'a `a caminho da pr'opria extinc~ao, mas estamos aqui exatamente para resgatar o que restam de sua mem'oria cultural e art'istica, usos e costumes, simbolismo e tradic~ao.

Para mim, cigana Kalom, descendente desse povo, essa 'e uma hora em que precisamos estar atentos e vigilantes para ouvirmos uma esp'ecie de "chamado m'itico" que a dura realidade planet'aria est'a nos fazendo, e nos unirmos em corpo e esp'irito com as forcas maiores que regem esse universo, deixando para os espertos, que se dizem "donos da terra", o alto preco de seus desmandos, desvarios e abuso de poder, nos concentrando, onde quer que estejamos no verdadeiro sentido da valorizac~ao humana que perpassa por insond'aveis mist'erios divinos e praticando com honestidade de prop'osito os exerc'icios de espiritualidade e religiosidade que subjaz em cada um de n'os, na busca de uma soluc~ao para um mundo melhor, sem esquecermos as pr'aticas ecol'ogicas para salvaguardar essa "nau de insensatos" chamada Terra, de seu pr'oprio desastre (palavra que significa: desarmonia entre os astros).

Eu aprendi com meu Patriarca que os ciganos s~ao "povos das estrelas" e para l'a voltamos quando morremos ou quando houver necessidade de uma grande evacuac~ao. H'a mil^enios vimos cumprindo nossa miss~ao neste Planeta, respeitando e reverenciando a M~ae Natureza, trocando e repassando conhecimento. No mais, deixaremos `a crit'erio da consci^encia de cada um o "por que" das abomin'aveis cat'astrofes (em sua maioria provocadas pela absoluta falta de respeito e conhecimento sobre a biodiversidade do planeta); e de comportamentos sociais e governamentais t~ao incongruentes com a pr'opria intelig^encia humana, reduzindo a sensibilidade dos homens a um mero exerc'icio da bio-pirataria para n~ao perder o monop'olio de um recurso gen'etico, disfarcado na necessidade t'ecnica e cient'ifica da bioprospecc~ao (que 'e a procura de mol'eculas 'uteis `a medicina), mesmo que no contexto hist'orico essa atitude implique na extinc~ao de toda a raca humana.

Deixaremos `a crit'erio de qualquer "gadjo" que se preze, o "complexo de culpa ancestral" pela destruic~ao do solo, do ar, da 'agua e das florestas, pois em vez de "progredir com a plena cooperac~ao cient'ifica e tecnol'ogica" (como diria o bi'ologo americano Tomas Lovejoy - especialista em florestas tropicais) o homem moderno destroi seu pr'oprio habitat, em vez de seguir a coer^encia do argumento socioantropol'ogico que diz que "na sociedade de massas, o racioc'inio individual precisa ganhar tons mais coletivos para exercer seu poder e provar sua compet^encia, pressupondo uma melhor qualidade de vida e uma maior tranq"uilidade planet'aria".

Sem precisarmos percorrer outra vez o racioc'inio ut'opico do socialismo cient'ifico de Marx-Engels-L^enin-St'alin, necessitamos urgentemente pisar na superf'icie desse lindo "planeta 'agua" (s'imbolo da emoc~ao e da sensibilidade que preenche nossos corac~oes) observando n~ao s'o a viol^encia praticada contra as minorias, como tamb'em os incr'iveis gestos de solidariedade humana mostrados via sat'elite ou pela Internet, na mesma velocidade da luz ou do pensamento humano, nessa era de virtualidade nem um pouco caracterizada pelas mais elementares virtudes.

Como n~ao sou tamb'em nem um pouco virtuosa e acho que o limiar entre o sagrado e o profano 'e muito pr'oximo, coloco em mim mesma a carapuca de parte dessa imensa culpa pela minha pr'opria acomodac~ao e omiss~ao em alguns setores da vida, e, divido com todos os devedores planet'arios como eu, o ^onus que pago por viver na Terra nos dias de hoje, embora continue achando que 'e um privil'egio karmico poder ser descendente do Povo Cigano. -

"TEXTO:" CIGANA STTRADA (DO CL~a CALON)

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